Reformar uma loja, escritório ou consultório é uma decisão estratégica: impacta a experiência do cliente, a produtividade da equipe e, no fim, o faturamento. Quando faltam método e responsabilidade técnica, o resultado costuma ser atraso na reabertura, estouro de custos e retrabalho — exatamente o que um negócio não pode suportar. A seguir, destrinchamos cinco erros críticos, por que acontecem e como evitá-los com boas práticas de engenharia e gestão.

1) Começar sem diagnóstico, projeto executivo e compatibilização

Iniciar uma obra apenas com uma ideia de layout ou croquis leva a decisões reativas no canteiro, abre espaço para improvisos e aumenta o risco de interferências entre elétrica, hidráulica e climatização. Esse cenário costuma gerar retrabalhos em forros e revestimentos, compras de última hora e mudanças que estouram prazos e orçamentos.

O caminho correto começa por um levantamento “as built” rigoroso — medindo o espaço real, identificando pontos e cargas e mapeando restrições do condomínio ou do shopping. Em seguida, é indispensável desenvolver um projeto executivo completo (arquitetura, elétrica, hidráulica, AVAC, iluminação e TI/comunicação), com compatibilização entre disciplinas para eliminar conflitos antes da obra. Fecham o pacote o memorial descritivo, o orçamento referenciado, o cronograma físico-financeiro com marcos e um plano de logística (carga/descarga, descarte, horários e proteção de rotas).

2) Ignorar requisitos legais e normas (acessibilidade, elétrica e incêndio)

Focar apenas no aspecto estético e negligenciar acessibilidade, instalações e segurança contra incêndio é um erro caro: pode resultar em autuações, interdições, negativa de alvará, retrabalhos e exposição a passivos civis.

Em uma reforma comercial, acessibilidade não é opcional — circulações, desníveis, balcões de atendimento, sanitários e sinalizações precisam permitir uso autônomo e seguro. No campo elétrico, é essencial calcular corretamente as cargas, dimensionar proteção e seccionamento, padronizar a identificação de circuitos e quadros e garantir aterramento adequado. Já a segurança contra incêndio exige projeto/adequações de saídas, iluminação de emergência, sinalização, detecção e extinção, além da obtenção/atualização das aprovações do Corpo de Bombeiros. Reúna tudo em um dossiê de conformidade com ART/RRT, memoriais e plantas as built, facilitando auditorias e renovações futuras.

3) Desconsiderar a operação e a experiência do cliente

Tratar a obra como um evento isolado, sem considerar o negócio funcionando antes, durante e depois, compromete vendas e imagem. Poeira, ruído, rotas internas confusas, filas e vitrines desligadas derrubam a conversão. Planeje fases que minimizem paradas e isolem áreas críticas, com barreiras de poeira e rotas seguras, e execute etapas em horários alternativos — viradas noturnas e finais de semana quando necessário. O layout e a iluminação devem favorecer fluxo, exposição de produtos e conforto; um ambiente bem resolvido tende a aumentar permanência e ticket médio.

4) Decidir só pelo menor preço e errar na especificação

A escolha de materiais, sistemas e fornecedores apenas pelo menor preço ignora a intensidade de uso de um ambiente comercial — alto tráfego, limpeza frequente, fontes de calor, gordura/umidade e incidência de UV. O resultado é desgaste precoce, manutenção corretiva recorrente, indisponibilidade do ponto e custos indiretos com perda de vendas e de imagem. Especifique por desempenho e ciclo de vida; valide com amostras e mockups; qualifique fornecedores com responsabilidade técnica e histórico; e faça uma matriz de riscos.

5) “Entregar” sem comissionar, documentar e treinar

Concluir a obra e sair do local sem testes, ajustes finos e documentação compromete o desempenho desde o primeiro dia. A entrega profissional inclui comissionamento (testes de elétrica, iluminação, climatização, exaustão, TI/automação e estanqueidade), as built, manuais e plano de manutenção, além de treinamento prático da equipe do cliente.

Como a Aval Fratelli evita esses erros

Conduzimos a reforma de ponta a ponta: diagnóstico preciso, projeto executivo e compatibilização, cronograma com marcos, conformidade tratada desde o início, execução com logística que mantém a operação, especificação por desempenho e entrega com comissionamento, documentação e plano de manutenção — tudo com responsabilidade técnica.